ILHA DE PÁSCOA: Um aprendizado para a história da humanidade

ILHA DE PÁSCOA: Um aprendizado para a história da humanidade

Você conhece a história da Ilha de Páscoa?

Sabia que ela recebeu esse nome após ter sido encontrada pelo holandês Jacob Roggeveen, justamente em um domingo de Páscoa de 1722?

Informação curiosa, não é mesmo?

Então prossiga a leitura porque as curiosidades não param por aí!

Localizada ao Sul do Oceano Pacífico, a misteriosa e isolada Ilha de Páscoa, conhecida pelos nativos como Rapa Nui (Ilha Grande), apesar de distante, faz parte do território chileno. Ela tornou-se famosa, não apenas pela existência de seus 887 Moais, gigantescas estátuas entalhadas em pedras calcárias originárias de rochas vulcânicas que pesam, em média, 14 toneladas, mas também por todo o mistério envolvendo o desaparecimento de sua população.

Mas, afinal, o que isso tem de tão especial?
Calma lá que te explico!

Antes de mais nada, saiba que o povo dessa ilha não foi um povo qualquer e graças à grandiosidade de seus monumentos, durante certo tempo, diversas teorias sobre a maneira como os Moais haviam sido feitos povoaram o imaginário de muitos; hoje sabemos que, provavelmente, foram rolados e erguidos com guindastes de madeira.

 

Interessante, não é? Mas a história não termina por aí e vou contar ainda mais detalhes a você:

Não se sabe ao certo quando a Ilha foi ocupada, mas estima-se que tenha sido colonizada por volta de 900 d.C. por polinésios vindos das ilhas Marquesas, Pitcairn e Henderson. Devido ao afastamento do local, esses habitantes não tiveram interferência de outros povos.

Sendo eles, não apenas pescadores, mas também agricultores, fizeram uso das famosas queimadas, uma técnica de agricultura, comum na pré-história e utilizada até hoje, onde a produção por hectares plantados é baixa e o uso da tecnologia é pouco. Esse método consiste em incendiar uma parte da floresta, abrir espaço e plantar até esgotar os recursos do solo, repetindo o processo em outras áreas próximas.

Por mais ineficiente que fosse (e continua sendo), a tática provia alimento a todos, porém, em contrapartida, árvores eram cortadas para a fabricação de ferramentas, balsas, casas, etc. Com o tempo, a vasta floresta com mais de 16 milhões de árvores foi diminuindo e diminuindo, até que não restou quase nada. A ilha ficou plana, sem nenhuma paisagem.

A consequência pela falta de conhecimento em administrar o ecossistema gerou um ecocídio devido a escassez de alimentos, e foi por causa disso que a sociedade colapsou.

Em seu livro "O Colapso" o autor Jared Diamond relata que, certa vez, foi questionado por um de seus alunos sobre o que as pessoas estavam pensando quando cortaram a última árvore. Diamond então explicou sobre a chamada "Amnésia de Paisagem", evento que ocorre quando se perde a noção de como um local inicialmente havia sido, à medida que as gerações vão passando.

Quando a última árvore foi cortada, é provável que a geração responsável pelo corte sequer soubesse do real valor daquele vegetal, afinal, já estavam acostumados com a nova paisagem, plana e devastada.

Uma possibilidade descoberta recentemente diz que o colapso em si pode ter sido causado por uma praga de ratos, presentes nas embarcações dos primeiros colonizadores europeus.

Fato é que a ilha, antes habitada por mais ou menos 15 mil indivíduos, chegou a ter apenas 111 moradores após diversos fatores internos e externos ocorridos no decorrer do tempo.

Surpreendente, não?
Agora, reflita comigo: como podemos agir diferente?

A história explica tudo e, para nós, do Terra Doce Lar, a maior importância dela consiste em nos ajudar a evitar os mesmos erros.
Sim! Nós podemos e devemos evitar a reprodução dessas atitudes.
A Biologia e a Ecologia mostraram a importância de sermos sustentáveis e de cuidarmos do nosso planeta e biodiversidade, então, façamos a nossa parte!

Este é o nosso lar e cuidar dele é essencial para prosperarmos, concorda? Temos a chance de aprender com os equívocos do passado e fazer da Terra um verdadeiro doce lar se acreditarmos que podemos construir um mundo novo.

Diferente dos moradores dessa ilha, nós temos conhecimento para fazer a diferença. Podemos mudar nossa história, então vamos! Vamos impedir que o mundo se torne uma enorme Ilha de Páscoa!

Venha conosco nessa jornada pelo bem do planeta! Conheça o nosso propósito e junte-se a nós rumo ao objetivo de plantar 8 bilhões de mudas alimentícias para que todos tenham acesso gratuito à alimentação básica!

 

Autor: Samuel Rodrigues
Revisado por: Monique Azola, Karla Gama, Sandra Hlebetz, Ingrid Amaral, Rita Azevedo, Marina Andrômeda

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6 comentários

A determinação em unir as pessoas com atitudes para mudar a situação de fome no mundo deve ser contínuo

Eliana Rosa Coelho

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